Entre tantos animais que integram as práticas terapêuticas desde os primórdios da humanidade, o cavalo já era citado por Hipócrates em 400 a.c. como forma de regenerar a saúde mental e melhorar o tônus muscular. Ao longo dos anos, seu poder terapêutico vem se confirmando através de pesquisas científicas que comprovam os benefícios tanto do contato com este animal de grande porte bem como de seu movimento, sendo que, quando se está sobre o cavalo, recebe-se estímulos cerebrais via medula espinhal, jamais encontrados em máquinas e/ou outros equipamentos.

Quem tem paixão pelos animais, vai gostar de saber tudo sobre essa modalidade. Continue a leitura e entenda melhor o que é a Equoterapia, para que ela serve e como ela é realizada.

 

O que é a Equoterapia?

A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou necessidades específicas.

A prática é reconhecida no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina desde o ano de 1997. As atividades integrantes da Equoterapia exigem a participação do corpo inteiro, trabalhando e estimulando o praticante de maneira global, de forma extremamente descontraída e prazerosa.

As sessões podem acontecer em ambiente fechado ou ao ar livre, de acordo com o objetivo do atendimento. Os profissionais que integram a equipe básica de equoterapia são: fisioterapeuta, psicólogo e equitador, porém, a equipe pode ser complementada com por exemplo: hipólogo, veterinário, assistente social, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, pedagogo, médico, psicomotricista, entre outros.

 

Quais os principais benefícios da Equoterapia?

A prática de Equoterapia acontece, especialmente, quando o praticante está sobre o cavalo em movimento, podendo se dar também através da observação, aproximação, toque, criação de vínculo/confiança no animal e na equipe de trabalho, cuidados e alimentação do mesmo, entre outras atividades que envolvam o animal e o praticante. Quando uma pessoa monta no cavalo, entram em ação três tipos de movimentação que chamamos de estímulos: o balanço, o impulso e a sinapse.

  • Balanço: O passo do cavalo transmite ao praticante uma série de movimentos sequenciados e simultâneos que são os mesmos que o ser humano faz quando anda.
  • Impulso: Os ajustes corporais automáticos que o praticante faz para se adaptar ao movimento do cavalo geram impulsos nervosos que percorrem a coluna.
  • Sinapse: As informações sensoriais recebidas caminham pela medula espinhal até o sistema nervoso central, gerando estímulos no cérebro para a realização de novas sinapses.

 

A Equoterapia também permite o desenvolvimento do afeto, devido ao contato da pessoa com o cavalo. Ela também estimula a sensibilidade tátil, visual e auditiva do praticante e aumenta a autoestima e a autoconfiança, promovendo a sensação de bem-estar, assim como o respeito à natureza, já que as sessões precisam acontecer ao ar livre ou em um espaço grande em meio aos animais.

As sessões de Equoterapia podem durar cerca de 30 minutos e são realizadas semanalmente, podendo haver variações de acordo com a necessidade de cada praticante. O praticante recebe atendimento de uma equipe interdisciplinar, a qual visa a sua habilitação e reabilitação, tendo o cavalo como agente facilitador deste processo. E claro, ainda há o suporte aos familiares do praticante durante o tratamento.

É importante destacar que cada praticante tem suas necessidades específicas e, portanto, o planejamento varia de pessoa para pessoa, bem como o tempo para começar a notar o resultado das intervenções.

Depois que a pandemia do Novo Coronavírus passar, você está convidado para visitar e conhecer o trabalho que realizamos aqui na Passo Amigo.